A evolução da tecnologia e os seus benefícios

O papel da Tecnologia no tratamento e diagnóstico dos Doentes: Vantagens, Modas e Inconvenientes!

Cada vez mais, o menos! Esta é, praticamente, uma regra de ouro na prática urológica para que se possa preservar ao máximo toda a sua função.

Atualmente, o tratamento das mais diversas patologias urológicas é completamente diferente do tratamento de há cerca de 20 anos atrás. As patologias são as mesmas, mas o arsenal tecnológico e terapêutico atual é completamente diferente. Patologias frequentes e prevalentes, como são a incontinência urinária, a pedra/litíase renal, a neoplasia da próstata, as neoplasias do rim, entre outras, têm na abordagem minimamente invasiva, o seu tratamento preferencial.

Vulgarmente, o que muitos doentes chamam a “cirurgia por “furinhos”, a laparoscopia, tem um papel de destaque em praticamente toda a terapêutica cirúrgica oncológica e benigna do aparelho génito-urinário. Por outro lado, a cirurgia endoscópica, realizada sem incisões cirúrgicas (sem cicatrizes) e através do orifício natural que é a uretra, é uma via privilegiada e de eleição no tratamento de patologia prostática e também no tratamento de doentes com cólicas renais, em que através da utilização de tecnologia própria e específica, o Urologista consegue aceder ao rim e tratar as pedras.

Cada vez mais os doentes, bem como o desenvolvimento de novas tecnologias, exercem pressão sobre os médicos-cirurgiões, para que estes utilizem, no seu quotidiano, abordagens terapêuticas minimamente invasivas. Tal facto possibilita que os doentes recuperem de uma forma mais rápida, com tempos de internamento muito mais reduzidos e também com as vantagens estéticas daí inerentes.

Longe vão os tempos onde se submetiam os doentes a cirurgia com grandes incisões para remover pedras do rim, ou se tiravam rins por enormes incisões. Atualmente, quer os cirurgiões quer as próprias empresas tecnológicas são alvo de enorme pressão e são constantemente postos à prova para que as vantagens funcionais e cosméticas sejam cada vez maiores.

O tratamento cirúrgico de patologias como a incontinência urinária, a hipertrofia benigna da próstata, a cólica renal, entre outras, é atualmente efetuado através de procedimentos tecnológicos minimamente invasivos. Com este avanço da tecnologia, os tempos de internamento, muitas vezes, são inferiores a 24 horas, o que constitui um marcador de desenvolvimento e de qualidade.

A maioria dos doentes já nos chega à consulta com uma vasta informação da patologia que possui, sabendo, inclusivamente, qual o tratamento mais inovador. Isso constitui um desafio para o médico-cirurgião, para que possa acompanhar o desenvolvimento tecnológico sem se deixar deslumbrar por “modas transitórias”, dado que a saúde do seu paciente deverá ser sempre a prioridade.

Por tudo isto, o diálogo, a empatia e o esclarecimento de qualquer dúvida é para mim fundamental no relacionamento médico-doente. O sucesso do doente será sempre o sucesso do médico, bem como o sucesso do médico será o sucesso do doente, dado fazerem parte da mesma equipa com objetivos e metas bem delineadas e comuns.

“Ser Médico é tratar o seu paciente com zelo, ética e humanização e fazer aquilo que somente a sua consciência, conhecimento e habilidades lhe permite.”

Douglas Ferrari


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