Ejaculação Precoce

“Mal começo a relação sexual, tenho logo uma ejaculação…! Não percebo porquê, nem sei como o evitar!”

A ejaculação precoce é algo que muito atormenta a qualidade de vida e o quotidiano de muitos homens portugueses. Muitos sofrem em silêncio, pondo em causa a sua autoestima e, na maioria das vezes, a sua vida afetiva.

A experiência sexual masculina é algo extremamente complexo e multifatorial, em que o todo não é apenas a soma das partes, sendo fundamental que um conjunto de fatores e fenómenos estejam presentes no momento próprio. Assim, a existência de desejo sexual/líbido, a ereção, a ejaculação e o orgasmo são os pontos sensíveis desta sequência de sensações, pelo que a disfunção de qualquer um deles se fará sentir ao nível da esfera sexual. A ejaculação corresponde à emissão de esperma para o exterior das vias seminais e através do pénis, podendo esta existir sem ereção e sem orgasmo. Para que ocorra, é necessária a integridade de vários processos neurofisiológicos integrados.

A ejaculação precoce (EP) é caracterizada por uma falta de controlo sobre a ejaculação voluntária. Muitos homens, ocasionalmente, ejaculam mais cedo do que eles ou os seus parceiros gostariam durante a atividade sexual. Na maioria das vezes, este facto torna-se um motivo de frustração e de conflito intra e interpessoal. A EP é um problema complexo e frustrante que pode reduzir o prazer do sexo, prejudicar o relacionamento afetivo e deteriorar a qualidade de vida do homem, do casal e da família.A ejaculação precoce apresenta prevalência elevada na população masculina (mais de 30%), sendo definida como a ejaculação sempre presente ou recorrente com o mínimo de estimulação sexual, antes ou pouco tempo depois da penetração, sem que o homem o deseje. A isto, associa-se um tempo de relação intravaginal muito reduzido. Embora a causa exata da ejaculação precoce (EP) não seja totalmente conhecida, novos estudos sugerem que a serotonina, uma substância natural produzida por nervos, tenha um papel primordial. Estudos descobriram que grandes quantidades de serotonina no cérebro podem desacelerar o tempo até à ejaculação, enquanto pequenas quantidades de serotonina podem produzir uma condição como a EP.

Fatores psicológicos também poderão frequentemente contribuir para EP. Depressão temporária, stress, expectativas sobrevalorizadas sobre o desempenho, antecedentes de repressão sexual, ou uma total falta de confiança também poderão causar EP.

Para o tratamento desta situação têm-se utilizado técnicas comportamentais com taxas de sucesso de cerca de 40%. O tratamento farmacológico aproveita o efeito secundário do aumento do tempo de latência ejaculatório que alguns fármacos provocam, nomeadamente, os inibidores seletivos da recaptação da serotonina.

Durante a consulta com o seu Urologista deverá ter uma discussão aberta e não preconceituosa, para que o seu problema seja abordado numa dimensão multidisciplinar, sendo a sua parceira parte fundamental desta abordagem.

"O amor é a força mais subtil do mundo."

Mahatma Gandhi


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